
"Dotou, assim, a zoologia fantástica de imensos animais esféricos e censurou os obtusos astrônomos que não queriam entender que o movimento circular dos corpos celestes era espontâneo e voluntário.
No principio do sec XVII, Kepler discutiu com o ocultista inglês Robert Fludd a prioridade da concepção da terra como monstro vivente, cuja respiração de baleia, correspondente ao sono e à vigília, produz o fluxo e o refluxo do mar. A anatomia, a alimentação, a cor, a memória e a força imaginativa e plástica do monstro foram estudadas por Kepler...
Aqueles que não desprezam a conjetura de que a terra, nossa mãe, seja um organismo, um organismo superior a planta, ao animal e ao homem, podem examinar as piedosas páginas de seu 'Zend-Avesta'. Lerão ai, por exemplo, que a figura da terra é a do olho humano, que é a parte mais nobre de nosso corpo. Também, que, se realmente o céu é a casa dos anjos, estes sem dúvida são as estrelas, porque não há outros habitantes no céu."